sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Instrumentalização do livro?



Garfield, na Folha de S.Paulo de hoje, usa o livro da maneira mais utilitarista possível. Mas não temos feito o mesmo, ao pensar numa terapia literária? Estamos abusando do livro, da literatura, ao exigir que nos curem de nossos males? Estamos instrumentalizando indevidamente uma fonte de água pura, cuja existência está aí para ser admirada e fotografada mais do que sorvida?

Entre Garfield, superficial, interesseiro, cínico, e uma concepção de leitura descarnada, desvinculada do humano, distante do meu cotidiano, prefiro testar os frutos do encontro, sempre imprevisível, entre palavra e consciência, entre textos e realidade. Com todos os riscos que isso implica.

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