Escrevendo sobre a literatura e a vida, Gilles Deleuze (1925-1995) via o escritor como "médico de si próprio e do mundo" (Crítica e clínica, pela editora 34, em 1997, pág. 13), mas um médico de saúde frágil, submetido às dores, aos sofrimentos humanos.

Escrever é, de certo modo, criar um idioma diferente dentro do idioma, e com esse idioma produzir visões e compreensões. Ler esses novos idiomas — o "kafkiano", o "drummondiano", o "rosiano", o "calviniano"... — requer novas alfabetizações, que ampliam a consciência, melhoram nosso organismo pensante, fortalecendo-nos perante doenças as mais traiçoeiras.
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