quinta-feira, 22 de julho de 2010

Marteladas filosóficas

Há momentos em que um pouco de iconoclastia não faz mal. Good bye, Platón, de Josep Muñoz Redón, é filosofia com marteladas. Um passeio entre pensadores de todos os tempos e estilos, conversando com um e com outro sobre os estilhaços, os fragmentos, os restos.

Em situações de ausência (sem Deus, sem trabalho, sem alma, sem corpo, sem esperança, sem sexo, sem dinheiro, sem poder...), o que pensa quem continua a pensar?

Pois este pensar é terapêutico. E ficar lendo-pensando, em solidão, sem nada. Aquela velha pergunta, lembram-se? Que livro gostaria de ter em mãos se você se visse, de repente, numa ilha deserta? Diferentes náufragos deram diferentes respostas:
  • Chesterton falou em um manual que ensinasse a construir botes.
  • Roland Barthes lembrou-se de Robinson Crusoé... talvez para não repetir as ações do protagonista.
  • Umberto Eco disse que levaria a lista telefônica, para inventar milhões de histórias com todos aqueles nomes.
Eu estou pensando em levar este livro, A ilha deserta, de Deleuze...


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