A antropóloga francesa Michèle Petit escreveu um livro sobre terapia literária, sobre a arte de resistir à adversidade, à falta de sentido, ao sofrimento.
Numa passagem, a autora se refere àquele olhar petrificado, o olhar perdido em horror no rosto de pessoas traumatizadas. O olhar de pedra. Fixo. Esquivo. Perplexo. Vazio. Colado a um ponto de dor. Jogado no abismo. Inundado de trevas. Queimado e cego.
A literatura pode tocar esse olhar, humanizá-lo, curá-lo. Uma história pode despertar o olhar paralisado, e que ele vislumbre novos caminhos e sentidos, novas saídas, outras possibilidades.
Leio na página 22 a respeito da "contribuição única da literatura e da arte para a atividade psíquica. Para a vida, em suma."
Leio na página 22 a respeito da "contribuição única da literatura e da arte para a atividade psíquica. Para a vida, em suma."
Nenhum comentário:
Postar um comentário